domingo, junho 30, 2013

Segredos de Sangue (saga Sangue Fresco #10)



Autor: Charlaine Harris
Género:
 Fantasia Urbana
Idioma: Português
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 288
ISBN:  978-9-89-637364-1
Título original: Dead in the family
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Segredos de Sangue traz-nos de volta Sookie Stackhouse, a telepata de Bons Temps que se vê envolvida nas lutas e intrigas do mundo sobrenatural.

Neste décimo volume da série, encontramos a habitual jovem cheia de garra e vontade de viver, mas cansada de tantas complicações à sua volta, a tentar lidar da melhor forma com a experiência traumática que viveu semanas antes. Apesar de gostar da sua vida, a nossa heroína questiona-se se vale a pena manter contacto regular com todos os seres sobrenaturais que fazem parte do seu quotidiano... sabendo que isso representa perigo acrescido.


O romance com Eric vai de vento em popa até à noite em que o seu criador, Ocella, aparece com um problema complicado a requerer a atenção e tempo do viking, o que lança Sookie em mais um turbilhão de emoções, incapaz de perceber a força dos laços que ligam os vampiros entre si e o comportamento do namorado.   

Entretanto, a jovem tenta acompanhar o seu primo Hunter o melhor que pode. O pequeno, filho de Hadley, é telepata como Sookie, e o pai não sabe como integrar o filho numa nova etapa que se aproxima: a entrada para a escola, e procura o conselho e ajuda de Sookie.


Ler um novo livro de Sangue Fresco é como nos sentarmos com uma amiga de longa data para saber as últimas novidades, tão familiarizados que estamos com a história. Os elementos de suspense e romance são doseados na medida certa e o final chega sempre rápido demais e é com curiosidade que nos lançamos ao livro seguinte.


avaliação: ***** (muito bom)

domingo, junho 16, 2013

Sangue Mortífero (saga Sangue Fresco #9)



Autor: Charlaine Harris
Género:
 Fantasia Urbana
Idioma: Português
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 320
ISBN:  978-9-89-637324-5
Título original: Dead and gone
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Sangue Mortífero é o nono livro da saga Sangue Fresco, um enorme sucesso literário da escritora americana Charlaine Harris.

O enorme sucesso dos livros originou a série True Blood (Sangue Fresco em Portugal). A série não é fiel aos livros, acrescentando e omitindo personagens e situações. Tem ainda um forte cariz adulto.

Neste livro, Sookie continua longe de ter um quotidiano rotineiro; os lobisomens e os metamorfos decidem, à semelhança dos vampiros, revelar a sua existência e isso equivale a que o patrão do Merlotte's, Sam, se revele como tal, o que é acolhido sem sobressaltos, aparte alguns comportamentos fanáticos que rapidamente caem no esquecimento. Não ajuda quando uma metamorfa é encontrada crucificada no parque de estacionamento do bar, levando a uma onda de desconfiança e medo.   


Do lado da vampiragem, o Rei do Nevada envia um representante que faz a vida negra a Eric, que tenta conservar o seu poder e prestígio como xerife ao mesmo tempo que jura amor eterno à nossa telepata de serviço; todas as histórias de amor são complicadas e a deste casal não foge à regra. 


Para ajudar á festa, Sookie recebe a visita de Niall, que a avisa de uma guerra entre os da sua espécie, o que pode ser fatal para a jovem, por ser sua parente. Como se Sookie já não tivesse problemas suficientes, tem agora de estar alerta a algumas fadas malvadas de serviço, bem longe do estereótipo bondoso a que estamos habituados.

Claro que Sookie se safa sempre, mas a cada aventura, são mais as baixas que se somam e neste livro não é diferente. Uma mistura de policial e fantasia urbana, Sangue Mortífero entretém e confirma Sangue Fresco como umas das melhores saga do género.

Podem ler um excerto de Sangue Mortífero aqui.

avaliação: **** (bom)

domingo, junho 02, 2013

Louca por compras



Autor: Sophie Kinsella
Género:
Ficção
Idioma: Português
Editora: Livros d'Hoje
Páginas: 336
ISBN:  978-9-72-203747-1
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Rebecca (Becky) Bloomwood é uma rapariga bem-disposta que trabalha como jornalista na revista financeira Successful Savings, direccionada para o público comum, onde escreve artigos sobre como maximizar o salário, investir as poupanças e as melhores opções em poupanças-reforma.

Becky não faz o seu trabalho com grande afinco, pois além de o achar extremamente enfadonho, o conteúdo não lhe faz grande sentido porque... não pratica o que escreve. Aliás, a sua prática pessoal é desastrosa, ao ponto de já dever centenas de libras nos vários cartões de crédito que possui, o que não admira, pois gasta muito mais do que aquilo que aufere.

Como não o fazer, se o pulso lhe acelera quando passa pelas montras luminosas de uma loja, se se sente cheia de vida ao pagar uma saia, um perfume, uma agenda em pele, se não há sensação melhor que estrear algo novo?

Cada capítulo começa com uma nova carta de um banco a avisar de que há (mais) um valor pago em falta, pagamentos que Becky tenta (criativamente) adiar. Apesar de endividada até à medula, continua a receber cartões de crédito com plafonds consideráveis, ou seja, juntando ao facto de Miss Bloomwood não ter qualquer auto-controlo sobre as suas finanças e ser louca por compras, os "maus" ainda lhe alimentam o vício.

Mas Becky quer mudar e a mudança passa por poupar nos gastos ou ganhar mais dinheiro. E assim, seguimos as várias tentativas de Becky na tentativa de poupar dinheiro (fracasso completo) ou arranjar um emprego que pague melhor (idem), o que não deixa de ser divertido tendo em conta o tom ligeiro e silly do livro.

A protagonista é bem intencionada mas a negação do seu problema («se não abrir as cartas dos credores, as dívidas não existem!») e a forma como racionaliza o vício gastador (gastar duzentas libras em ingredientes e num wok especial para fazer caril para levar o seu almoço para o trabalho... e não ter de o comprar a 5 libras a dose é de bradar aos céus!) torna-se irritante e surreal. Felizmente, a autora encarrila a história antes de se tornar cansativa e lá arranja forma de Becky ter a sua vida resolvida a algumas páginas do final.   


É literatura light e rosa que cumpre o esperado: sorrisos, escape momentâneo e muita previsibilidade... ah! e um final feliz. Literatura tipo algodão-doce, sem dúvida.
avaliação: *** (mediano)