terça-feira, fevereiro 21, 2012

Millenium 01 - os homens que odeiam as mulheres

Autor: Stieg Larsson
Género:
Thriller

Idioma:
Português
Editora:
Oceanos
Páginas: 539
Preço: €17,40
ISBN:  978-9-89-230237-9

Avaliação:
**** (bom)

Millenium 01 - os homens que odeiam as mulheres é o primeiro volume da trilogia Millenium de Stieg Larsson; o autor é um jornalista sueco que não viveu para assistir ao sucesso que os seus livros tiveram. Portugal não escapou ao fenómeno.

Mikael Bloqvist é um jornalista especialista em escândalos financeiros, cuja vida profissional foi dedicada a desmascarar a corrupção no mundo dos negócios sueco. Co-fundador da revista Millenium, goza de um prestígio ímpar até ao dia em que é condenado por difamação de um poderoso empresário; isso afasta-o da vida pública e da redacção da publicação.

Nessa altura, é contactado pelo advogado de Henrik Vanger, um magnata industrial octogenário que o contrata para desvendar o desaparecimento da sobrinha Harriet, há 40 anos atrás. O pagamento pelos serviços é fantástico e traz um extra apetecível: provas documentais irrefutáveis da inocência de Bloqvist no caso de difamação.


Assim, sob o pretexto de estar a escrever um biografia de Vanger, Bloqvist começa a investigar o que poderá ter acontecido a Harriet, sendo que o clã Vanger é composto por homens e mulheres de personalidades vincadas, que não lhe facilitarão a tarefa. 

Paralelamente, conhecemos a nossa co-protagonista, Lisbeth Salander, uma jovem hacker excêntrica no vestir e no agir, com um passado marcado pela violência. Lisbeth tem uma mente brilhante mas é condicionada pela sua incapacidade de se integrar e ser aceite (ao que não ajuda ser um bicho do mato); ela e Bloqvist fazem uma dupla arrasadora no desvendar do mistério de Harriet Vanger.

O livro é volumoso (mais de 500 páginas) mas viciante. As primeiras dezenas de páginas são bastante aborrecidas e é preciso persistência para chegarmos ao sumo da história. A partir daí, é difícil deixá-lo de lado.
Alguns parágrafos pelo meio pareceram-me deslocados e sem grande acrescento à história e temos menos Lisbeth do que Bloqvist até decidirem trabalhar em conjunto, o que abrandou um pouco a leitura: a hacker é uma personagem fascinante que queremos seguir de perto; por cada 10 a 15 páginas de Bloqvist temos 2 ou 3 de Lisbeth, o que compromete o ritmo da história. Ela é bem mais interessante e visceral do que ele; apesar de eu ter apreciado alguns traços da personalidade do protagonista, Lisbeth é magnética.

No geral, é um bom livro, uma mistura de policial e thriller, com muita violência e crueldade e um enredo complexo.  Os parágrafos finais de Lisbeth pareceram-me um pouco vagos mas vou ler a continuação para perceber melhor.

Fiquei fã e vou continuar a leitura da trilogia.


Sem comentários: